sexta-feira, 24 de julho de 2009

Grupo de discipulado e autolibertação

Para quem gostaria de ajudar outras pessoas na libertação e não tem um ministério que faça isso na cidade, seguem algumas dicas para ajudar os amigos que pedem ajuda.

Uma opção é montar um grupo de discipulado. Isso é fantástico e funciona muito bem. O grupo pode escolher um livro para estudar, um capítulo por semana, e assim um vai ministrando ao outro, como pastoreio mútuo. Nos grupos de discipulado todas as pessoas podem e devem compartilhar o que aprendem, suas experiências e suas dúvidas. E a cada encontro semanal podem fazer orações de renúncia juntos. E isso fortalece as pessoas, que não ficam dependentes de ministrador. Há vários livros que podem usar, os básicos de libertação ou um próprio para discipulado, que é o Liberte-se, da Lifeway (http://www.lifeway.com.br/loja/produtos_descricao.asp?codigo_produto=19 ).

Outra ideia é comprar os DVDs das palestras do seminário da Neuza Itioka. E o grupo pode marcar um final de semana, ou vários sábados de manhã, e todos assistem às palestras juntos e depois podem fazer uma minsitração coletiva, com a oração de Grande renúncia, ou conforme o Espírito Santo te orientar. A parte mais importante na libertação são as palestras, então, os DVDs atendem muito bem. E assim pode-se ajudar outras pessoas que vão buscar ajuda, porque vai poder marcar vários momentos desse tipo. No site do Ágape tem a loja que vende os DVDs http://www.agapereconciliacao.com.br/

Trabalhar em grupo é ótimo, não precisa que as pessoas confessem tudo ao grupo. Se uma pessoa precisar, pode marca um aconselhamento só para ela, de preferência com um(a)intercessor(a) como testemunha.

Quando fazemos orações coletivas, sempre falo para todo mundo repetir tudo, mesmo que não tenho feito o pecado, porque assim ninguém fica constrangido e temos a unidade de corpo.

Quando o grupo começa a criar confiança, as pessoas tomam a iniciativa de falar dos seus problemas, mas não peço que façam isso, elas é que se sentem à vontade. Mas sempre falo no início de um grupo e lembro sempre no meio do caminho, que o que é dito no grupo deve ficar no grupo.

Tive experiências muito boas com esse método. Grupo de discipulado funciona mesmo.

E também minha filosofia é incentivar a autolibertação. Não gosto de gente dependente de ministradores. Então, prefiro ensinar para que a pessoa faça sozinha em casa, ao invés de ficar fazendo ministrações e mais ministrações. A pessoa que faz autolibertação se sente mais segura, mais firme. E sempre aconselho que confessem os pecados junto com seu cônjuge, ou com um amigo de confiança. Não necessariamente com alguém que ministra libertação. E incentivo que isso seja uma prática constante. Pecou, confessa. Lembrou de algo, confessa. Aconselho que a pessoa ore, confessando o pecado e pedindo perdão ao Pai, mas junto do cônjuge ou do amigo, para que seja testemunha. E é o que eu faço. Quando lembro de algo, antes de dormir, quando todos os dias oro com meu marido, eu confesso e peço perdão na minha oração, e meu marido ouve e é testemunha e está concordando com minha oração. Assim confesso ao Pai e ao meu marido, como Corpo, ao mesmo tempo.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Pré e pós-libertação

Libertação é um processo contínuo, quanto mais conhecemos a Verdade, mais somos livres. Muita gente pensa que é um ato único e diz que foi liberto, mas continua com pecados e não há muita mudança na sua vida.

Segundo Coty, a ministração de libertação em si representa apenas 10% do processo de libertação. Para mim o pré e pós-libertação são mais importantes que a própria ministração de libertação, e sem isso a pessoa pode não ter os resultados que esperava.

Mas infelizmente tenho encontrado pessoas que querem ser ministrados individualmente, mas não querem ouvir as palestras nos seminários de libertação, não querem fazer cursos e discipulado ou ler livros sobre o assunto. Querem uma solução microondas, instantânea.

As palestras, cursos, livros etc são o pré-libertação. E para mim representam outros 40% do processo de libertação. Elas trazem a base bíblica para tudo o que é feito ali.

Libertação é entendimento, é renovação de mente, e quem produz isso é o estudo da Palavra de Deus. Por isso não ministramos novos convertidos e procuramos incentivar o discipulado. Se a pessoa não tem uma base bíblica mínima é mais difícil para manter a libertação e resistir às perseguições depois.

Acontece que esta geração está acostumada com fast food, microondas, máquinas de refrigerante e café solúvel, e está assistindo a muitos filmes em que tudo acontece com um simples feitiço. Mas a vida cristã não é assim, é de “glória em glória” e é “como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais, até ser dia perfeito”. Requer disciplina, treinamento, estudo, enfim, precisa de tempo e paciência.

É como uma terra que vai ser preparada para a semeadura. Primeiro retira-se o mato, as ervas daninhas, retira-se a plantação velha, e depois tem que preparar a terra, plantar e só então terá a nova colheita de frutos bons. E isso leva tempo. Assim é a vida após a libertação. A plantação velha foi retirada e o terreno, enfim, está pronto para ser tratado e ganhar novas sementes. Por isso o fruto do Espírito pode levar tempo para ser evidenciado na nossa vida.

E o pós-libertação representa os outros 50%. É quando começa o processo de santificação. E esse é o momento mais perigoso e mais difícil de todos, principalmente porque a pessoa não encontra apoio e falta discipulado de verdade nas igrejas para que a pessoa mantenha a libertação.

E ela precisa se fortalecer, porque depois da libertação vem a perseguição, como diz 2Timóteo 3.12: “De fato, todos os que desejam viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos.”